Completam-se no próximo dia 12 de Outubro 34 anos sobre a tarde em que um esbirro da Pide assassinou, num anfiteatro de Económicas, o nosso querido camarada José António Ribeiro Santos, estudante de Direito e dirigente da FEML, a organização do MRPP para a juventude estudantil.
Passaram já mais de 30 anos e todavia as lições que desse crime do fascismo pudemos retirar permanecem mais actuais do que nunca.
Antes de mais, por que razão foi um jovem estudante marxista-leninista que tombou varado pelas balas assassinas da repressão? Porque a juventude, e muito em particular a juventude estudantil, desempenhava então – como sempre tem desempenhado ao longo da História – um papel fundamental na luta contra a repressão, a injustiça e a exploração, pela Liberdade, pela Democracia e pela Independência Nacional. Porque, como o MRPP (fundado dois anos antes, em 18 de Setembro de 1970) sempre defendeu, a luta dos estudantes tinha de ser, não uma luta corporativa e pelos seus interesses mais imediatos, mas antes deveria ser parte integrante da luta mais geral do Povo Português contra o Fascismo e o Colonialismo. E porque, como marxista-leninista, como verdadeiro comunista, Ribeiro Santos estava na 1ª linha de combate, dando o exemplo de luta heróica e indomável.
Depois, a forma como num momento tão decisivo como foi o do ataque e manietamento dos dois assassinos da Pide, quando – trazidos pela mão dos próprios dirigentes associativos revisionistas do P”C”P – aqueles, de armas já aperradas e prontas a disparar, irromperam pelo Anfiteatro onde os estudantes, reunidos num meeting contra a repressão, haviam algum tempo antes descoberto um bufo, os campos de batalha se clarificaram: de um lado, os estudantes dirigidos pelos marxistas-leninistas que quiseram combater a repressão e lutar contra os pides e, do outro, os assassinos e os ditos dirigentes revisionistas, que aos gritos de “calma!” pregaram a cobardia e deram assim o tempo e a oportunidade para que um dos esbirros pudesse puxar o gatilho.
Ainda, o modo como se tornou então claro que aquele crime era afinal um sinal, não de força, mas de fraqueza de um regime com pés de barro, que onde havia repressão havia resistência, e resistência cada vez mais firme e decidida, e que nada ficou como dantes após o assassinato de Ribeiro Santos, mas antes foi o princípio do fim do regime fascista dada a revolta e a movimentação popular que ele provocou.
Por fim, tudo aquilo que, também a este propósito, resultou de os oportunistas, com os revisionistas à cabeça, terem após o 25 de Abril de 1974 conseguido desviar a torrente da Revolução e convencer o Povo português de que não era necessário tomar o Poder e destruir o Estado burguês, bastando mudar o regime e o Governo e mantendo intacto o sistema de exploração capitalista – o assassino de Ribeiro Santos, um pide de nome António Joaquim Gomes da Rocha, ficou sempre impune e nunca chegou sequer a ir a julgamento, os que aí foram, saíram em liberdade após condenações tão irrisórias quanto provocatórias, e vários deles (a começar pelo Director Major Silva Pais) foram até reintegrados na Função Pública. E hoje, mais de três décadas depois, os trabalhadores portugueses vêem-se afinal confrontados com o essencial dos mesmos problemas com que se deparavam há 32 anos atrás, isto é, com a fome, a miséria e o desemprego, um país atrasado em relação aos demais e cada vez mais destruído do ponto de vista produtivo e desertificado, uma Comunicação Social que é a voz do dono e onde quem trabalha não tem direito à palavra, e um fosso cada vez maior entre os que tudo fazem e nada têm de seu e entre aqueles que nada fazem e tudo têm!
Trinta e quatro anos depois, o exemplo heróico de Ribeiro Santos continua assim vivo e actual como nunca e a justeza do caminho que, com sacrifício da sua própria vida, ele apontou vai-se afirmando cada vez mais: vida simples, pensamentos elevados, grande ligação às massas, sempre e sempre na 1ª linha de combate, firmeza e ousadia na luta, combate sem tréguas contra o Poder da classe dominante e a sua repressão mas também contra os oportunistas de todos os matizes, mobilização de todos quantos vivem do seu trabalho para derrubar o sistema capitalista e instaurar uma sociedade onde não haja lugar para a exploração e a opressão.
Honra a Ribeiro Santos!
Viva o Socialismo e o Comunismo!
Lisboa, 4 de Outubro de 2006
O Comité Central do PCTP/MRPP
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