Passam hoje trinta e um anos sobre a fundação do
Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses
Em 26 de Dezembro de 1976, o MRPP – Movimento Reorganizativo do Partido do Proletariado – considerava atingido o seu objectivo de forjar na luta e em Portugal a formação de uma vanguarda organizada da classe operária portuguesa.
Herdeiro do património revolucionário do MRPP e legatário do sublime e heróico exemplode Ribeiro Santos, o primeiro mártir comunista que tombara em 1972 varado pelas balas assassinas da PIDE, o PCTP assumiu desde então o seu combate por perfilhar uma ideologia marxista-leninista e definir e aplicar uma linha política e uma táctica revolucionárias.
O PCTP destacou-se sempre, na esteira do que fora timbre do MRPP, pela denúncia, desmascaramento e isolamento dos pontos de vista oportunistas, eleitoralistas e revisionistas dos que se mostraram e mostram constantemente apostados em trair os trabalhadores, entregando à burguesia, em troco de um prato de lentilhas, o objectivo da tomada do poder político pela classe operária e a construção de uma sociedade sem classes nem exploração do homem pelo homem.
Fiel à ideologia e à teoria revolucionárias que sempre abraçou e em defesa das quais nunca transigiu nem cedeu, o PCTP foi sempre, exactamente por isso, o alvo principal de todos os partidos burgueses.
Se houve algum partido que, desde o início, foi objecto de uma feroz sanha persecutória por parte dos partidos burgueses no poder e das suas polícias, esse foi sem sombra de dúvidas o PCTP.
O que hoje continua a suceder a propósito de uma questão essencial para a democracia, que se prende com a liberdade democrática de constituição de partidos políticos, abertamente posta em causa pelo PS de José Sócrates, com o apoio dos restantes partidos parlamentares.
Como se sabe, PS, PSD, CDS, PCP e BE estão unidos na tentativa de eliminação do PCTP, partido extra-parlamentar mais votado e o segundo mais antigo em Portugal, através do subterfúgio inconstitucional da exigência de 5000 filiados para a constituição ou sobrevivência de um partido.
Mas esta santa aliança dos partidos do poder tem uma explicação – não apenas porque visa (em vão, é certo) silenciar a voz incómoda do PCTP, mas, principalmente, porque exprime mais uma vez a estreita cumplicidade dos partidos ditos de esquerda com um governo do bloco central, como se assumiu, desde o início, o governo de Sócrates.
Na verdade, tal como o PCTP denunciou em Março de 2005, o governo do PS formado após as últimas eleições surgiu precisamente como a alternativa da burguesia para ultrapassar a grave crise que o sistema capitalista atravessava e atravessa em Portugal.
E é deste governo que não olha a meios para calar os seus verdadeiros adversários, adoptando métodos e técnicas pidescas na perseguição aos opositores, que se apetrecha com instrumentos repressivos refinados, restringe os já reduzidos direitos de intervenção no processo penal e estilhaça as résteas das liberdades democráticas que ainda subsistem; é deste governo que enche a boca de fanfarronadas e de prodígios em matéria económica, mas que não explica o aumento do desemprego e a diminuição do poder de compra, a par da miséria e fome crescentes em Portugal, é deste Governo cujo papel de mordomo e lacaio das potências capitalistas europeias todos elogiam, é da política deste Governo que os partidos parlamentares ditos de esquerda se tornam cúmplices, subscrevendo e aceitando as suas medidas, por actos ou por silêncios.
Não foram os fascistas e a Pide que conseguiram liquidar o MRPP, não foi também o PCP e o COPCON que lograram eliminar fisicamente os militantes comunistas do PCTP/MRPP – não será seguramente o PS de Sócrates, e os seus apaniguados a comerem da mesma gamela, que conseguirá calar a voz da classe operária e silenciar o PCTP.
Lisboa, 26 de Dezembro de 2007
O Gabinete de Imprensa do PCTP
Nota à imprensa
Bloco Central e Tribunal Constitucional apostados em dissolver o PCTP/MRPP e varrer a oposição extra-parlamentar.
Lisboa, 15 de Dezembro de 2007
A Comissão de Imprensa do PCTP/MRPP
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