Comunicado do 1º de Maio da Org. Regional do Norte do PCTP/MRPP:
"Uma onda de sacrifícios inenarráveis abate-se hoje sobre os trabalhadores portugueses e sobre os trabalhadores de todo o mundo. Os capitalistas, através dos seus governos, fabricam todos os meios legais e todas as mentiras para manter e aprofundar a exploração do trabalho assalariado. Não contentes, sempre que os meios fabricados não chegam para alcançar esse objectivo, usam armas e repressão indiscriminada. Foi assim, há bem pouco tempo, em Paris. No entanto, apesar da enormidade de meios materiais que a burguesia francesa usou, a classe operária assumiu a direcção da luta popular e obrigou a burguesia a recuar. Não foi com contemporizações nem com negociações, foi com a luta na rua.
É esse o exemplo. Os trabalhadores nada terão se não lutarem e tudo o que hoje têm decorre das lutas do passado. Não há beneméritos nos governos da burguesia, apenas agentes, mais ou menos manhosos, dos interesses dos capitalistas. O que dizem dar com uma mão, negam que tiraram em triplo com a outra. Só obrigados é que cedem o que anteriormente roubaram. E para os obrigar é preciso lutar.
Hoje, escudado em “sapientes” interpretações dos relatórios das costumeiras instituições internacionais e nacionais, encomendadas pelo próprio e profusamente divulgadas, o governo Sócrates-Cavaco nem se dá ao trabalho de esconder metade do que pretende. Diz que é a verdade. Diz que não há escolha. Ou um aumento dos sacrifícios dos trabalhadores, quer estejam no activo quer estejam desempregados ou reformados, ou então virá uma desgraça ainda maior. Que desgraça é essa, pior do que a mais absoluta miséria em que querem pôr a viver os assalariados? Também nos diz de forma solene: a bancarrota do Estado e/ou da Segurança Social. Claro que se esquece de dizer que só é assim para que se mantenham e até cresçam mais do que nunca os lucros da maior parte das grandes empresas, as remunerações dos seus administradores, as exportações fraudulentas de capitais e o consumo sumptuário de bens de luxo.
Por exemplo, a tão falada sustentabilidade da Segurança Social, que tão “grandes preocupações” traz ao governo, pode ser obtida de uma forma já com provas dadas no passado, não só em Portugal como em muitas outras partes do mundo: obrigando os exploradores de mão-de-obra, a começar pelo próprio Estado, a aumentar a taxa de descontos para a Segurança Social dos actuais 23,5% para 28,5%.Tal taxa permitiria aumentar as receitas da Segurança Social em mais de 14%, o suficiente para assegurar, a quem trabalhasse até aos 65 anos, a reforma até uma idade média de 85, muito acima da esperança de vida actual. Mas tal hipótese nem sequer foi posta porque poria em causa o que de mais caro existe para governo de Sócrates-Cavaco: os interesses da classe dos capitalistas.
Hoje, também a luta pelo aumento da contribuição patronal para a Segurança Social, juntamente com a reivindicação do controlo pelos trabalhadores sobre os dinheiros da Segurança Social, pode unir os trabalhadores de toda a Europa e do mundo. Por isso a juntamos às outras grandes reivindicações do 1º de Maio:
PELA SEMANA DAS 35 HORAS!
SALÁRIO IGUAL PARA TRABALHO IGUAL!
REVOGAÇÃO DO ACTUAL CÓDIGO DO TRABALHO!
O POVO VENCERÁ!
Org. Regional do Norte do PCTP/MRPP
1º de Maio de 2006"
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