Só falta que os governos e o poder autárquico decretem a região como zona exclusiva para os seus negócios e expulsem dela as suas populações.
O PCTP/MRPP vem denunciar que o encerramento do troço da linha do Tâmega entre a Livração e Amarante, ocorrido no passado dia 25 de Março, com o falso pretexto da falta de segurança, mais não foi que acelerar o processo de transformação do vale do Tâmega em zona de negócios para garantir os tachos dos autarcas e o financiamento dos aparelhos partidários.
Já não restam dúvidas que a linha era uma ameaça para o plano dos autarcas. Por isso se opuseram da forma agressiva que se conhece à sua reabertura e ao projecto turístico. Depois impuseram a ciclovia e o autarca de Amarante, Armindo Abreu, até lhe deu prioridade máxima e fez o maior alarmismo e alarido com o relatório do último acidente da linha do Tua através da imprensa: quase exigiu que encerrassem a linha do Tâmega de imediato e, ainda, organizou no dia 21 de Março as comemorações do centenário da chegada do comboio a Amarante. Aliás, cinismo, hipocrisia e demagogia é o que não falta neste ano de eleições, desde logo com os caciques do PS em primeiro plano e em todas as frentes.
O mesmo Armindo Abreu que, na Assembleia Municipal, impede que se fale contra a barragem, organizou um debate sobre a barragem no dia 20 de Março. Também o autarca de Cabeceiras, Joaquim Barreto, organizou o mesmo tipo de debate dias após ter aparecido na televisão ao lado de Sócrates, em Chaves, na assinatura do contrato para a construção da barragem. Depois temos o presidente da Junta de Freguesia de Mondim, também do PS, que escreveu um artigo espantoso no jornal “Povo de Basto” do dia 23 de Janeiro, onde diz que ama o rio e que assinou a petição contra a construção da barragem, vira o disco e diz que não quer ver o rio seco, depois foge-lhe a boca para a verdade dizendo que a barragem é uma oportunidade para reclamar contrapartidas.
O PCTP/MRPP considera lamentável e preocupante que, depois dos debates, conferências, artigos dos jornais e comunicados, quando já todos estão esclarecidos sobre os riscos que a barragem representa para a segurança da cidade de Amarante e sobre as consequências dos problemas da eutrofização na zona entre Mondim e Arco de Baúlhe, que vão deixar a população de Mondim cercada de água podre, sejam os autarcas os carrascos e os coveiros do povo também neste processo. O povo de Mondim está abandonado à sua própria sorte, o autarca Pinto de Moura não diz nada mas o que quer é o negócio da barragem. O candidato do PS à Câmara, professor Humberto Cerqueira, é mais um testa de ferro defensor das políticas governamentais que até ficou histérico quando um aluno lhe apresentou um trabalho de fim de curso defendendo a viabilidade económica da linha do Tâmega. Quanto aos outros partidos estão caladinhos como ratos para não serem postos de fora do negócio. Da parte do PCTP/MRPP fica já a promessa de que vamos transformar os actos eleitorais num palco de denúncia e resistência contra a construção da barragem de Fridão e contra o transvase do rio Olo e o apelo para que, desde já, todos subscrevam a
petição anti-barragem na página
http://www.petitiononline.com/PABA/petition.html ou, pessoalmente, nas listas de assinaturas junto dos membros do
Movimento de Cidadania para o Desenvolvimento do Tâmega.
No caso das eleições autárquicas o nosso Partido apoiará uma candidatura do Movimento de Cidadania para o Desenvolvimento do Tâmega se os princípios estabelecidos pelo Manifesto que o nosso Partido também subscreveu forem respeitados e cumpridos. Lembramos que o Manifesto exige, com toda a clareza, que o projecto da construção da barragem de Fridão e o projecto do transvase do rio Olo sejam retirados do Programa Nacional de Barragens. O PCTP/MRPP defende os princípios do Manifesto, porque é na aplicação desses princípios que está a chave para termos um verdadeiro Movimento com convicções e mobilizador, ligado ao Povo e dirigido pelo Povo e não o tal movimento esquisito e elitista sem Povo que os oportunistas do Bloco de Esquerda defendem. Esse caminho só conduz à ilusão e à derrota. Essa é a função dos partidos que vivem de braço dado com o sistema.
O PCTP/MRPP apela ao Povo para não se deixar iludir nem embarcar nas campanhas do cinismo, da hipocrisia e da demagogia do poder autárquico. Esses senhores destruíram-nos a agricultura, a qualidade da água, do ar e da paisagem e com o negócio da barragem de Fridão vão atirar os núcleos populacionais para a sua fase terminal onde a qualidade de vida será zero.
O PARTIDO PRECISA DO APOIO DO POVO PARA A SUA ACTIVIDADE.
AJUDE A CUSTEAR A ACTIVIDADE E A PROPAGANDA DO PCTP/MRPP!
OUSAR LUTAR, OUSAR VENCER!
Abril de 2009
O núcleo de simpatizantes e militantes
do PCTP/MRPP do Vale do Tâmega